Circulação da obra foi proibida no Rio de Janeiro em recente decisão do judiciário
Recentemente uma decisão do Poder Judiciário do Rio de Janeiro impediu de circulação e comercialização o livro Mein Kampf, de Adolf Hitler, uma espécie de manifesto nazista.
A justificativa para tal decisão é que a lei brasileira proíbe a divulgação do nazismo em solo brasileiro e, nesse sentido, a obra deveria ser banida. As pessoas não podem ler o livro e tirar suas próprias conclusões.
O problema é que se trata de uma publicação, um texto, em grande medida histórico e que não pode ser alvo de censura só por ser “politicamente incorreto”.
Quem seria o poder censor? O Poder Judiciário, que detém em seu currículo vasta ligação com os regimes mais direitistas do Brasil, como a ditadura militar.
Provando que não passa de uma decisão abertamente fascista da justiça, Alemanha e Israel, dois países onde os povos foram envolvidos diretamente com o problema do nazismo, não proíbem a circulação do livro. No caso de Israel, os judeus foram as principais vítimas do nazismo, e nem por isso o livro que trata do problema foi banido.
Isso demonstra que a decisão da justiça brasileira tem somente o objetivo de abrir um precedente para que as publicações sejam controladas pelo Estado, que sejam editadas, proibidas ou permitidas em parte, etc.
Nesse primeiro momento, a justiça tenta se apresentar como politicamente correta, cassando um livro nazista, mas depois, esse tipo de decisão irá atacar abertamente os textos e publicações revolucionários.