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Ex-presidente foi para local onde ocorre reunião de lideranças do Partido após sair do depoimento forçado na Polícia Federal

Após ser forçado a prestar depoimento na Polícia Federal, no Aeroporto de Congonhas, que demorou cerca de 3 horas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi para a sede nacional do Partido dos Trabalhadores, na região central de São Paulo, onde chegou por volta de 12h40. Na sede, lideranças do PT já estavam reunidos para discutir a resposta a este ataque a sua principal figura.

Pela manhã, a 24ª fase da Operação Lava Jato começou no apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo. Lula, seu filho Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, entre outras pessoas foram presas pela Polícia Federal, para prestarem depoimento forçado.

Em resposta a movimentação golpista, surgiram manifestações espontâneas em vários lugares do país, entre elas uma na frente do prédio onde Lula mora e no Aeroporto de Congonhas. Em alguns locais chegou a haver enfrentamento entre manifestantes contra e a favor do golpe. A reunião em que Lula participa agora deve organizar manifestações contra o golpe para a tarde de hoje.

Com a prisão sem provas de Lula manifestantes se concentram em Congonhas

O número de manifestantes aumenta a cada minuto no posto da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas.

Desde as oito horas da manhã os manifestantes vão se acumulando em protesto à prisão ilegal do ex-presidente Lula e ao meio dia o agrupamento já é enorme.

Com os protestos a PF decidiu levar Lula para o aeroporto de Guarulhos para após levá-lo para São Bernardo do Campo.
A Polícia Federal tenta de toda maneira manter tudo escondido da população, assim como fez na própria prisão de Lula.

Aceleração do golpe de Estado leva a alta da Bolsa de Valores e na queda do valor do dólar

Na manhã desta sexta-feira (4), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 6% e o valor do dólar caiu para menos de R$ 3,70. O desenvolvimento semanal da Bolsa pode ser o melhor desde 2008. Segundo analistas da imprensa burguesa, este desempenho anormal do sistema financeiro seria uma reação à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acelerando o processo de golpe de Estado no Brasil.

“Com essas resultantes da Lava Jato, começa a surgir um alento e a nível de mercado ressurge uma perspectiva de que o Brasil pode melhorar”, afirma diz Otto Nogami, professor de economia do Insper. (g1.globo.com)

Durante a semana, a Bovespa também teve resultados positivos que foram relacionados a outros fatos da Operação Lava Jato, como a delação premiada de Delcídio Amaral. Esta reação da Bovespa evidencia que o processo golpista é apoiado pelo sistema financeiro, setor mais reacionário e pró imperialista da burguesia nacional.

Prisão de Lula não deixa espaço para mais dúvidas, é preciso se mobilizar contra a direita e o golpe

Na manhã desta sexta-feira, 4 de março, a Polícia Federal fez uma operação na casa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. É a 24ª fase da operação Lava-Jato, chamada espalhafatosamente, como de hábito, de Aletheia. A palavra significa “verdade” em grego antigo. A verdade desvendada é que a seguinte: não há mais como negar que está em curso uma tentativa de golpe no Brasil.

Lula foi levado ao aeroporto de Congonhas para prestar depoimento, depois da invasão de sua casa e do Instituto Lula. O aparato repressivo mobilizado para conduzi-lo ao local contou com cerca de 200 homens, uma intervenção militar em São Bernardo do Campo. O propósito disso era fazer um espetáculo para a imprensa burguesa, cúmplice do golpe.

A defesa de Lula tinha entrado com habeas corpus para evitar a ação. A manobra jurídica para promover o espetáculo golpista da prisão de Lula foi que esse habeas corpus só valeria para São Paulo, enquanto o juiz Sérgio Moro estava em Curitiba quando mandou prendê-lo. Mais uma manobra golpista de uma campanha repleta de ilegalidades conduzida pela direita que aparelha o Estado.

Setores de esquerda afirmavam que não haveria uma tentativa de golpe da direita em curso. Apesar de todas as manobras da direita golpista, da campanha permanente na imprensa burguesa, da mobilização da pequena burguesia nas ruas, de a Operação Lava-Jato só atingir empresas nacionais e inviabilizar a política de conteúdo nacional etc.

Os eventos dessa manhã demonstram que não é mais possível sustentar essa posição. A direita está na ofensiva e o golpe caminha para um desfecho. Se o golpe vencer, cai o governo e a direita toma o poder à força. É preciso colocar-se contra o golpe e se mobilizar para impedir que a direita tome o poder. O programa da direita golpista e pró-imperialista é cortar gastos sociais, retirar direitos trabalhistas, arrochar os salários, atacar as organizações operárias e vender barato o País. Contra esse programa, é hora de tomar as ruas contra a direita e o golpe.