A cobertura do PT é essencial para a guerra civil contra o povo

A guerra civil, estabelecida unilateralmente pelo Estado contra o povo do Rio de Janeiro, a pretexto de combater o tráfico, revela de uma maneira indisputável o verdadeiro papel do governo de “esquerda” do PT e do PCdoB.
A brutal, para não dizer selvagem, intervenção militar no Rio de Janeiro jamais seria possível, com a complacência de todas as organizações operárias, de esquerda e democráticas, não fosse a cobertura que o governo federal, encabeçado por Lula e formado pelo PT e pelo PCdoB, lhe dá.
O que está ocorrendo no Rio, sob o governo direitista de Sérgio Cabral, é um verdadeiro golpe militar localizado, colocando a cidade sob estado de sítio e promovendo um massacre contra a população pobre. Se fôssemos acreditar na imprensa capitalista, o massacre seria apenas de capitalistas, assim como as mais de 100 mil vítimas dos exércitos imperialistas no Iraque seriam todos terroristas. Na realidade, é um ataque contra a população pobre do Rio de Janeiro, uma guerra civil contra a população operária.
Esta guerra civil é levada adiante com entusiasmo pelos opositores do PT e de Dilma Roussef nas eleições. Seus porta-vozes são a Rede Globo, revista Veja, revista Época, os grandes jornais etc.
Na eleição, o PT, o PCdoB, ou seja, a Frente Popular de colaboração com a burguesia e seus apologistas apontavam que era para derrotar a direita. Agora, vemos que a direita dá as cartas e o papel dos vitoriosos na eleição, a esquerda, é servir de fachada, de camuflagem, de para-choques diante da maioria da população.
Esta tem sido a realidade nacional há pelo menos duas décadas. Nem o governo Collor, nem os dois mandatos de FHC teriam sido possíveis, nem as privatizações, sem o apoio sistemático que o PT e seus aliados de esquerda, como o PCdoB, lhe forneceram todo o tempo nas organizações de luta dos trabalhadores e do povo em geral, nos parlamentos e nos governos estaduais e municipais.
O Rio de Janeiro ilustra que a idéia de votar em Dilma Roussef e no PT para conter a direita é pura ilusão. A função desta esquerda é justamente permitir a ação daqueles que, com todo o apoio da imprensa e do grande capital, conseguiram menos de 25% dos votos do eleitorado, ou seja, aqueles que não têm apoio algum do povo para realizar estas matanças e outros crimes. O fazem sob a cobertura de quem tem esse apoio, embora o venha perdendo gradativamente.
Os oito anos de governo de Lula acentuaram a paralisia das organizações operárias, estabelecida desde o início dos anos 90. Permitiram que a matança dos sem-terra aumentasse. Sob a fachada de esquerda, os mesmos que governaram sob os militares, sob o governo Sarney, Collor e FHC continuam intensificando os seus ataques contra o povo.
Os políticos do PT e PCdoB, colocados completamente a serviço da burguesia e da direita têm a função de levar muita gente que combateu e até mesmo combate esta direita a servir como um meio de contenção da luta popular contra a direita e a burguesia.
É preciso deixar absolutamente claro que, sem a mobilização popular contra a burguesia, com a contenção e desorganização permanente dos movimentos operários e populares, que são necessários para a política de conciliação com a direita, a direita avança cada vez mais no estabelecimento da sua ditadura contra o povo politicamente desarmado.
O caso do Rio de Janeiro mostra que a reação popular depende da ruptura da política de colaboração de classes, de colaboração com a direita contra o povo, que levam adiante PT e PCdoB.
O caso do Rio de Janeiro é um estridente alerta de que se torna necessário um amplo movimento contra a ditadura virtual que se estabeleceu no País sob a fachada do rosto sorridente de Lula e da estrela vermelha do PT.

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