DÉFICIT COMERCIAL HISTÓRICO NO JAPÃO

O Japão registrou um déficit em sua balança comercial de 112 bilhões de dólares no ano passado. Foi o pior déficit do País desde que começaram a registrar esses dados, em 1979. O principal fator para esse desempenho foram as importações de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), que ficaram mais caras para os japoneses devido à desvalorização da moeda, o iene.

O recorde anterior era de 2012, o que mostra que a economia do Japão está indo indo ladeira abaixo desde o colapso capitalista de 2008. Com a bancarrota do neoliberalismo, a saída buscada pela burguesia agora é implementar políticas de força para fazer as populações pagarem pela crise. O governo direitista do PDL (Partido Democrático Liberal) tenta agora pressionar a inflação para cima, para impulsionar as exportações, arrochando os salários dos trabalhadores. A crise leva a cada dia a um maior acirramento das contradições sociais pelo mundo.

A política econômica tem como principal objetivo manter os lucros dos monopólios, o que somente pode ser viabilizado por meio de ataques em larga escala contra as condições de vida da classe operária japonesa. Estão colocadas à ordem do dia medidas tais como o aumento dos impostos sobre o consumo e sobre os salários, a escalada ainda maior da monetização da dívida pública, como instrumento para viabilizar a versão japonesa dos planos de austeridade, sob a propaganda demagógica de “combater a deflação” e “promover o crescimento”. O governo direitista busca dobrar o índice de inflação (oficial) atual, de 1% para 2%, e desvalorizar o iene, com o objetivo de evitar a continuidade da queda das convalidas exportações e arrochar os salários dos trabalhadores por meio da erosão inflacionária.

A tentativa da burguesia imperialista de impôr uma saída de força

A saída colocada pelos fascistas para a crise é tornar o Japão uma potência militar, construir a bomba atômica e reativar a indústria armamentista, vendendo armas, em primeiro lugar para os países vizinhos. Como essa saída levaria inevitavelmente ao choque com o imperialismo norte-americano e ao acirramento da luta de classes no interior do País. Devido à necessidade de controlar a classe operária a ferro e fogo, o imperialismo japonês optou por uma alternativa mais “suave”, mas que prepara o caminho no sentido fascista.

Em dezembro de 2012, o direitista PDL (Partido Democrático Liberal) derrotou o governo liderado pela ala esquerda do imperialismo japonês, o PDJ (Partido Democrático Japonês), nas eleições gerais de dezembro, em cima de um programa pautado pela ultradireita, no sentido do ressurgimento do militarismo fascista japonês, do acirramento das contradições militares com a China e o nacionalismo japonês. A ultradireita passou de nenhum deputado para 33. Em 2013, o PDL passou a controlar também o Parlamento.

A crise capitalista avança a passos largos em direção ao coração do imperialismo em escala mundial. Sobre esta base está colocada a mobilização revolucionária das massas nos principais países capitalistas, o que representa a base para a revolução proletária mundial.

Do Diário Causa Operária Online de 29 de janeiro de 2014

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