Venezuela: assembleia de direita quer anistiar golpistas

Direita golpista quer libertar políticos que participaram de tentativas de derrubar o governo, como Leopoldo López

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Nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, a direita venezuelana apresentou ao Congresso seu projeto de anistia para os golpistas condenados pela justiça venezuelana. Nas eleições do dia 6 de dezembro, como resultado de anos de tentativas golpistas, da sabotagem econômica e de uma campanha permanente na imprensa burguesa a direita conseguiu a maioria na Assembleia Nacional.

Durante a campanha eleitoral a direita golpista defendeu uma lei de anistia. O principal objetivo é libertar Leopoldo López, condenado a 13 anos de prisão em setembro. Em 2014 López liderou protestos violentos em Caracas, com a intenção de desestabilizar o País para derrubar o presidente Nicolás Maduro. Durante os protestos, a direita montou barricadas, chamadas “guarimbas”, em que ocorreram diversos incidentes de violência, que terminaram causando a morte de 43 pessoas. Mais mortes para a conta dam direita do “caracaço”.

Assim que a direita conseguiu eleger sua nova bancada, agora em maioria, para a Assembleia Nacional, uma organização de vítimas das “guarimbas” divulgaram uma nota rechaçando a anistia. Segundo as vítimas dos protestos violentos da direita, essa lei visa garantir a “impunidade”.

Além de Leopoldo López, a direita golpista quer libertar outros golpistas, incluindo foragidos do País acusados de enriquecimento ilícito e de traição. É o caso de Manuel Rosales, ex-prefeito de Maracibo, acusado em 2008 de enriquecimento ilícito. A direita golpista que, por meio de sua imprensa, faz uma campanha supostamente contra a corrupção em toda a América do Sul, defende seus corruptos golpistas, demonstrando mais uma vez a farsa de seu suposto combate à corrupção.

Golpe

A direita venezuelana nunca abandonou sua política golpista depois do fracasso da tentativa de derrubar Hugo Chavez em 2002. Inviável eleitoralmente em condições normais, os golpistas, a serviço do imperialismo, tentaram desestabilizar o País em diversas ocasiões. A queda do preço do petróleo, principal produto do País, deu uma oportunidade para essa direita colher os frutos de mais uma década de golpismo nas urnas.

O golpe é um golpe a serviço do imperialismo, que precisa aumentar seu controle sobre os países atrasados diante do aprofundamento da crise capitalista a partir de 2008. Esse é o sentido das campanhas golpistas em curso em toda a região.

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