Por que a imprensa não fala da quadrilha da merenda?

 

Pessoas do alto escalão do PSDB são citadas no escândalo, mas imprensa insiste em não dar destaque aos nomes dos envolvidos

 

A imprensa capitalista tenta esconder de todas as maneiras o escândalo do desvio da merenda em São Paulo. A notícia quase não é divulgada e quando alguma coisa é dita, dificilmente são dados “nomes aos bois” para poupar os tucanos envolvidos.

O governador do estado, Geraldo Alckmin, ainda tentou transferir ao governo federal o ônus do escândalo declarando que “Isso é uma quadrilha que começou em outros Estados e chegou a São Paulo. Quem diz se a cooperativa que fornece os itens para a merenda está habilitada é o Ministério do Desenvolvimento Agrário.” (site viomundo). O ministério do desenvolvimento agrário desmentiu, por meio de nota, a calúnia do tucano:A emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) Jurídica à Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar foi realizada pela Secretaria Estadual da Agricultura do Governo de São Paulo em 25 de junho de 2014, o que torna enganosa qualquer eventual alusão à participação do Ministério do Desenvolvimento Agrário nesse processo. (Nota do Ministério do Desenvolvimento Agrário).

Através de escutas telefônicas, Luiz Roberto dos Santos (Moita), ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin e que ocupou diversos cargos de confiança em governos tucanos, teve ligações interceptadas com o lobista da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), Marcel Ferreira Julio, filho do ex-deputado Leonel Julio, feitas do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.

Segundo investigação, nas ligações “Moita” orientava o lobista a se infiltrar nas prefeituras, trabalhando assim em duas frentes para conseguir as propinas da Coaf, sendo que a primeira é a Secretaria de Educação, pasta que teve envolvidos nomes como o ex-secretário Herman Voorwald e o ex-chefe de gabinete Fernando Padula; e a segunda frente seria a infiltração do lobista nas prefeituras do interior do estado, onde estariam envolvidos mais de 20 municípios, utilizando da prática de fraude de licitações para delas tirar as propinas, que nesse caso poderiam chegar a até 30% do valor do contrato, como o recebido pelo prefeito de Barueri, Gil Arantes (DEM).

Além destes nomes, foram citados ainda o deputado estadual Fernado Capez, presidente da Alesp e o Secretário de Transportes, Duarte Nogueira, o que deixa claro que essa fraude tem uma quadrilha no comando e que tal quadrilha é, majoritariamente, do PSDB, partido que por patrocinar a imprensa burguesa, tem pouco destaque no que diz respeito ao desvio das verbas, mas é demagogicamente anunciada por toda a imprensa (Folha de S. Paulo, Estadão, Veja etc.) quando afirma que vai abrir processo disciplinar sobre a conduta de “Moita”, mesmo com nomes paulistanos importantes do partido sendo contra tal ação, como Mario Covas Neto, que afirmou que “acusação não é condenação” sobretudo se for contra o PSDB.

 

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