Julian Assange recebe sua lição em democracia, segundo o imperialismo

A perseguição desencadeada pelo conjunto dos governos imperialistas contra Julian Assange , e que levou a que se entregasse para evitar o pior, é uma lição mundial em democracia, segundo os guardiães do regime supostamente democrático mundial, os países imperialistas.
Em nome da democracia, invadiram, mataram, roubaram e cometeram genocídio. Agora, a dita democracia revela-se uma farsa, uma ficção. Ela existe apenas e tão somente na medida em que a oposição, mesmo de dentro da burguesia, seja inócua.
Os que decidem tomar armas para desafiar o monstro imperialista são implacavalmente perseguidos e massacrados. São sequestrados em qualquer lugar do mundo e torturados em uma das muitas bases secretas do imperialismo espalhadas pelo mundo. Os governos se unem para perseguir os que lutam desta forma em todos os lugares. Quando são encontrados, como vimos em Israel, na Colômbia e em várias partes do mundo, são exterminados sem complacência.
A muitos, essa ferocidade tipicamente imperialista parece justificada, porque os que estão sendo exterminados são violentos, como se não estivessem apenas reagindo de maneira muito desigual à extrema violência dos seus inimigos, dos seus opressores.
Agora, no entanto, vemos um jornalista, cuja arma é computador, que substitui a metáfora do pena, que luta com a palavra contra o imperialismo, ser caçado como um animal feroz.
Primeiro foi acusado de estupro, uma falsificação policialesca que somente os idiotas ou os muito mal intencionados podem admitir. A farsa ampliou-se quando um acusado de estupro foi colocado no topo da lista dos mais procurados da Interpol. Finalmente, o próprio Wikileaks foi atacado pelo imperialismo, despejado das grandes empresas de comunicação a mando do governo norte-americana e empresas como a administradora de cartões Visa, decidiram suspender as contribuições numerosas que chegavam em apoio à ação do Wikileaks.
Julian Assange entregou-se à justiça e, contra qualquer senso, foi-lhe negado o direito à fiança. Assange denunciou que sua vida corria perigo. Quem pode duvidar?
O cerco fechou-se de todos os lados. Todos os instrumentos a serviço do grande capital internacional foram colocados serviço do esmagamento de um inimigo.
Muitos alimentam nos trabalhadores e no povo a idéia de que é possível mudar o mundo por meios não revolucionários, por reformas graduais, sem destruir este poder monstruoso que controla o mundo. O caso Wikileaks vem uma vez mais demonstrar que isso não passa de uma doce e tola ilusão. O imperialismo nunca cedeu terreno senão diante da violência que ele mesmo desencadeou com a sua selvageria ou diante da ameaça palpável de violência. O último e mais significativo exemplo foi o Iraque. A reação popular à ocupação militar e à devastação econômica do país colocaram um freio à ofensiva violenta do imperialismo. O mesmo deve ser dito do Afeganistão.
O caso Assange mostra, ao lado de muitos exemplos, que somente a organização e a mobilização do povo para uma dura luta poderá derrotar o imperialismo e que a democracia nada mais é do que uma fachada da ditadura mais poderosa e brutal que já existiu no planeta

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