Julian Assange: a farsa judicial do imperialismo

Julian Assange encabeçou a maior revelação de documentos secretos do imperialismo com exceção de governos revolucionários como o governo bolchevique de 1917.
A partir daí foi acusado de estupro. Seu crime teria sido o de não ter usado preservativo e de ter mantido relações com duas mulheres diferentes na mesma semana. Sem dúvida alguma um indivíduo muito perigoso. Não por ter revelado segredos políticos e militares, mas por excesso de sexo, ao menos pela lei da Suécia.
Este crime monstruoso de não usar preservativo. Que o próprio papa Joseph Ratzinguer não deixaria de elogiar, fez com que se tornasse a pessoa mais procurada do mundo, sendo o procurado número um da Interpol. Não há dúvida de que tanto o imperialismo como a polícia internacional evoluiu muito no que diz respeito às suas preocupações com a integridade das mulheres. Mais uma grande conquista femina.
Preso em Londres, não conseguiu direito a fiança, tendo que esperar a audiência. Feita a audiência, a fiança foi fixada em mais de 300 mil dólares. Não há dúvida de que o crime sexual subiu na escala de preocupações dos zelosos policiais do mundo e do judiciário.
Não há dúvida de que se trata de uma comédia judiciária para manter a perseguição contra um indivíduo que está na mira do seu próprio governo. O objetivo do imperialismo é o de manter Julian Assange enredado na teia judiciária de Inglaterra e Suécia até que o grupo que está trabalhando em uma operação judiciária para incriminar Assagne por espionagem tenha um caso palusível para criar mais um prisioneiro políticos, entre os milhares da democracia norte-americana. Não devemos nos esquecer que o mais famoso julgamento por espionagem deste século nos Estados Unidos, o do casal Rosemberg terminou com uma dupla execução.
Esta comédia se dá diante dos olhos de todo o mundo.
Nos EUA, sabendo que a acusação de estupro não foi engolida, a direita e a extrema direita, com uma ajuda dos democratas, está tentando a tática oposta, procurando vincular Julian Assange a George Soros. Seria um bom argumento para os mais despolitizados, uma vez que pessoas politizadas não podem selecionar quem vão autorizar que o imperialismo persiga. A moral não pode se sobrepor à política.
O fato é que o imperialismo está dando a sua maior demonstração de debilidade e de divisão interna (os segredos que Assange divulga vêm claramente de dentro do próprio aparelho do Estado norte-americano) depois do catástrofico fiasco no Iraque e no Afeganistão.
O caso Assange é mais um episódio da crise mundial do capitalismo e se junta à enorme mobilização de massas que cresce em todos os países europeus.
O caso Assange expõe o imperialismo de todos os lados. Pelas revelações, que mostram a atividade criminosa do imperialismo em todo o mundo. Pelo tratamento dado a Assange que derruba totalmente a tese de que os crimes imperialistas são feitos em defesa da sacrossanta democracia e da defesa da civilização e dos direitos humanos.
É por este motivo que é preciso defender Julian Assange da perseguição criminosa do imperialismo.
A campanha pela liberdade de Assange deve ser intensificada.

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